quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ouve Senhor a minha oração.



“Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? ...” (Hc 1.2).

O Livro de Habacuque relata uma jornada espiritual do profeta Habacuque, um homem com um zelo fervoroso pela honra de Deus (1.12; 3.3), imbuído de um senso de justiça, o qual não ignorou a violenta injustiça existente em sua volta, onde ver os homens vis agirem sem a direção de Deus, vivendo sem o temor do Senhor.

A diferença entre o início do Livro (1.1-4) e o final do livro (3.17-19) é impressionante. Nos primeiros quatro versículos, Habacuque é oprimido por circunstância existente ao redor dele. Ele não consegue pensar em nada além da iniquidade e da violência que ele vê entre o seu povo. Embora Habacuque fale com Deus 1.2, ele está confuso pois pensa que Deus se retirou do cenário da terra: as palavras de Deus foram esquecidas; as Suas mãos já não se manifestam mais no mundo; Deus não pode ser encontrado em lugar algum, chegando a questionar: “Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? ...” (Hc 1.2).
Quão diferente é a cena nos três últimos versículos do livro (3.17-19)! Tudo mudou. O profeta não é mais ansioso por causa das circunstâncias, pois sua visão foi elevada. Questões temporais não mais ocupam seus pensamentos, mas seus pensamentos estão nas coisas do alto. Ao invés de estar sendo regido por considerações mundanas, Habacuque fixou sua esperança em Deus, pois ele percebe que Deus tem interesse em suas criaturas. Ele é a fonte da alegria e força do profeta. Habacuque descobriu que ele foi feito para algo acima: “E me fará andar sobre as minhas alturas” (3.19). As palavras do último parágrafo contrastam vividamente com aquelas no primeiro: “... Me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. Jeová, o Senhor, é a minha força... Pés como os das cervas... Andar sobre as minhas alturas” (3.18-19). Assim, Habacuque foi da queixa à confiança, da dúvida à confiança, do homem a Deus , dos vales aos montes altos. E o que antes se achava só, e não via o agir de Deus, agora declara: “Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado...
O SENHOR Deus é a minha força...” (Hc 3.17-19).
Deus não nos abandona meus queridos irmãos, Ele está sempre do nosso lado, em momento algum Ele nos deixa desamparados, muito pelo contrário, Ele é o nosso abrigo, nossa segurança, fortaleza inabalável.
“Invocai-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grande e ocultas, ...” (Jr 33.3)
Obr. Joseilson da Costa

sábado, 9 de outubro de 2010

30 anos a sombra da cruz!

Na cruz de Cristo há amor; na cruz de Cristo há misericórdia; na cruz de Cristo há perdão; na cruz de Cristo há compaixão; na cruz de Cristo a dedicação; na cruz de Cristo há beleza; na cruz de Cristo há sofrimento; na cruz de Cristo há morte; na cruz de Cristo há entrega; na cruz de Cristo há esforço; na cruz de Cristo há salvação; na cruz de Cristo há vida.
A cruz foi central na vida de Jesus, e também é central na vida de cada seguidor de Jesus, na vida de todo cristão. Cada um de nós deve viver à sombra da cruz. É na cruz de Cristo onde nossos pecados são perdoados (Rm 3.25), é lá que a maldição que pesa sobre nós é retirada (Gálatas 3.13), é nela que somos reconciliados com Deus (2 Cor 5.19).
A cruz é o destino de todo que quer ser salvo, pois Jesus disse que todo aquele que quiser segui-lo deve tomar a cruz, que esta é a maneira de ganhar a vida eterna (Mc 8.34,35), a cruz é a maneira de ser honrado por Deus (João 12.26).
Em nossos dias, o evangelho mais pregado é o que promete os presentes do Reino, sem passar pelo caminho da cruz. É a prosperidade sem a despeito do serviço ao Rei, à saúde sem o custo da obediência, a alegria e paz sem o preço da submissão. Mas Jesus deixou claro, que não há nenhum valor em ganhar tudo nesse mundo, mas perder a sua alma (Mc 8.36).
Vivamos à sombra da cruz.
Pr- Alisson Bandeira